segunda-feira

Avançando na Prática
UNIDADE 7 Da TP 2


Atividades desenvolvidas com os alunos do sexto ano, turma B, do Colégio Estadual Coqueiro em Luziânia/GO.
Como atividade de pré-leitura, foi solicitado aos alunos que descrevessem seus próprios quartos ou que os desenhassem.
Em seguida , foi entregue aos alunos uma copia da obra de Van Gogh para que observassem atentamente, afim de que associem livremente e descubram conotações na estrutura dos quartos pintado e dos seus. ( Nesse momento o aluno não recebeu informações sobre o titulo da obra e nem do autor/artista).
Após as produções estarem prontas foi entregue a cada aluno uma copia de dados importantes sobre o contexto sociocultural em que o quadro foi produzido, sobre Van Gogh e sobre uma de suas obras, “O quarto do artista”.
Após os relatos/opiniões em relação ao tema foi solicitado que produzissem em seus cadernos, uma ficha contendo as informações abaixo:
• O nome da obra
• O nome do autor
• O ano em que foi feita
• As medidas da obra
• O nome do museu onde a obra está exposta

E que discutissem em grupo as questões a seguir:
• Van Gogh foi um pintor holandês. Um dos temas preferidos da pintura holandesa esta ligado ao sentimento de prazer pelo lar, pela intimidade caseira. O quadro de Van Gogh reflete esse sentimento? Por que? Discuta:
Após a discussão dada cada grupo expós aos outros grupos o resultado. Alguns grupos disseram que na obra ele representa uma das partes mais intimas de uma casa – o quarto. Outros já não viram essa intimidade na pintura.
• Quanto à janela pintada no quadro, ela se abre para dentro ou para fora? Pode se ver algo através dela? Isso faz o quarto parecer mais próximo ou afastado do mundo exterior? Nessa observação foi muito interessante as reflexões expostas como a do grupo que disse que a janela abre-se para dentro e que essa característica faz o quarto parecer afastado do mundo exterior, é como se ele estivesse isolado do resto do mundo.

Após a analise das imagem no trabalho proposto foi apresentado uma outra obra de Van Gogh: os comedores de batata” e as de Tsing-Fang Chen: “Andy acabou de partir e Assistinto TV” . Apartir daí , comparassem as semelhanças entre as obras respondendo as questões a seguir:
• Que obras de Van Gogh são lembradas nas pinturas de Tsing-Fang Chen?
• Que elementos representados nessas pinturas lembram ou remetem à obra original? O interessante aqui foi a quantidade observações percebidas pelos grupos, como o tamanho do quarto, a posição e forma da cama a posição dos quadros,o destaque ao assoalho ..., a presença dos mesmo personagens em volta da mesa e o uso de cores sombrias .
• Que diferenças você observa nessas pinturas? Outro fato interessante nas observações foi a minuciosidade dos detalhes observados como as imagens de figuras publicas inclusive a do próprio Van Gogh, personagens de historia de quadrinho, a gigantesca lata de sopa, símbolos de dinheiro pelo chão, etc.
A partir das leituras e debates feitos das obras, os alunos perceberam que no mundo das artes, não há limites para a imaginação.
O trabalho com artes teve êxito já que o imaginário foi despertado e os alunos puderam compreender o contexto e conhecer o tema da pintura em questão. escreveram de maneira livre e tinham afinidades com esse gênero textual.
O trabalho com esse tema oportunizou momentos para despertar nos alunos olhares sobre a pintura, estilos e conhecer um artista conhecido mundialmente. Alem de contribuir para o desenvolvimento de analise de mensagens visuais a que os alunos são submetidos constantemente.
Outra atividade proposta foi a criação de uma imagem engraçada ou absurda, apartir da colagem e montagem de fotos.

Apesar do exito, houveram algumas dificuldades durante o desenvolvimento dessa atividade,como o tempo de execussão, a organização da sala e para provocar a motivação dos alunos.

sábado

AVANCANDO NA PRATICA - UNIDADE - 14 da TP 4

O PROCESSO DE LEITURA
Atividades desenvolvidas com os alunos do sexto ano, turma B, do Colégio Estadual Coqueiro em Luziânia/GO.
Como atividade de pré-leitura, foi apresentado aos alunos apenas o título do poema "Cidadezinha qualquer" de Carlos Drumonnd de Andrade.
Questionados quanto ao sentido do título, os alunos afirmaram que trata-se de uma “cidade pequena", "insignificante", "não tem muitas diversões", "sem graça", "é pacata", entre outros comentários.
Após os relatos/opiniões em relação ao tema foi solicitado que redigissem um texto usando suas suposições em relação ao tema.
Após as produções estarem prontas foi entregue a cada aluno uma copia do poema "Cidadezinha qualquer para que fizessem a comparação entre o original e a produzida, alguns alunos se surpreenderam com as descrições do escritor. Eles realizaram alguns comentários sobre o desfecho do poema:” eu nunca imaginava isso", "estava na cara e eu não descobri", entre outros.
Foi realizado a exploração das idéias apresentadas em cada verso relacionando-as ao título. Os alunos também conheceram a biografia do autor do poema.
Após a compreensão do poema, foi apresentado outros textos sobre o tema cidade, entre eles: "Paraíso" de José Paulo Paes, "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias e "Cidadezinha" de Mário Quintana.
A partir das leituras e debates feitos dos textos, os alunos perceberam como os autores escrevem sobre o tema cidade. Nessa etapa, foram instigados a pensar, a refletir sobre a cidade onde moram, aspectos positivos e negativos.
Para finalizar a atividade, os alunos produziram poemas sobre a cidade onde moram.
O trabalho com o poema teve êxito já que o imaginário foi despertado e os alunos escreveram de maneira livre e tinham afinidades com esse gênero textual.
O trabalho com esse tema oportunizou momentos para despertar nos alunos olhares sobre as paisagens, os ambientes, os modos de vida em nossas cidades. E ainda, a cidade que temos, a cidade que queremos.
Além de desenvolver habilidades de leitura e escrita, os alunos puderam refletir sobre o lugar onde vivem. Foi também um momento oportuno para superar dificuldades na criação de poemas.

Paraíso

Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar,
não para automóveis matar gente,
mas para criança brincar.
Se esta mata fosse minha,
eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores,
onde é que os pássaros vão morar?
Se este rio fosse meu,
eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
que os peixes moram aqui.
Se este mundo fosse meu,
Eu fazia tantas mudanças
Que ele seria um paraíso
De bichos, plantas e crianças.
Em Paes, José Paulo. Poemas para brincar. Ática, 1990.


Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

De Primeiros cantos (1847)

CIDADEZINHA CHEIA DE GRAÇA

Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...

Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca nem um segundo...
E fica a torre sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!...

Eu que de longe venho perdido
Sem pouso fixo (a triste sina!)
Ah, quem me dera ter lá nascido!

Lá toda a vida pode morar!
Cidadezinha...tão pequenina
Que toda cabe num só olhar...

De
A Rua dos Cataventos
Mario Quintana